FIC Forbidden Love
11Capitulo
2ªTemporada
11Capitulo
Não havia ninguém no quarto, nem Vitória e nem Dora. Entrei
em pânico quando vi um envelope vermelho no berço de minha filha e o rasguei
rapidamente.
Melanie,
estou com saudades, querida. Nossa filha está linda, pena que é muito parecida
com o Suede. Achou mesmo que eu ia deixar vocês em paz? Nunca! Dora foi mandada
por mim para conquistar sua confiança e tirar sua filha de casa sem suspeitas,
e obteve sucesso, não é? Não vou levar sua filha comigo, desde que você venha
no lugar dela. Deixarei ela com o Suede se você aceitar ir embora comigo. Você
tem uma semana para se decidir. Entrarei em contato com você. Beijos, amor. R.
D.
Custei acreditar no que estava lendo. Ele havia levado minha
filha e me queria em troca. E se fosse para o bem da minha filha e de toda a
minha família, eu iria com ele. Sentei-me perto do berço e chorei como uma
criança, desejando que tudo aquilo fosse um sonho, e que minha filha estivese
em meus braços novamente. Chay devia ter escutado meu choro, pois foi entrando
no quarto feito um furacão.
Mel: C-Chay, ele levou nossa menina... – dizia entre soluços.
Chay: Ele? – assenti e lhe mostrei o bilhete. Ele ficou
vermelho e começou a respirar rapidamente. – Você não vai fazer isso, né?
Mel: Chay, é a vida da nossa filha que está em jogo. E eu
prefiro ela aqui segura com você do que nas garras do Rodrigo.
Chay: Você não pode fazer isso, Mel. Eu vou avisar a polícia.
– ele ia sair do quarto, mas eu o impedi.
Mel: Não! Se a gente envolver a polícia, ele pode fazer algo
com a Vitória. Eu não me perdoaria nunca se acontecesse algo com minha menina,
Chay. Eu vou com ele, e não se fala mais nisso! – ele não disse nada, só saiu
do quarto furioso batendo a porta.
POV CHAY
Melanie não podia fazer isso. Ele estava usando nossa filha
para leva-la com ele, mas eu não ia deixar. Cheguei a sala e meu pai, minha
mãe, Robert e Carlota ajudavam Milly a abrir os presentes. Um silêncio
desconfortável instalou-se ali.
Chay: Rodrigo levou Vitória. – todos me olharam espantados e
meu pai se levantou. – Deixou um bilhete dizendo que só a devolverá se Melanie
fugir com ele. Eu quero minha filha de volta, mas não quero que Mel volte para
as garras daquele louco. Ela está lá em cima dizendo que vai e ninguém irá
impedi-la. Mãe, Carlota, conversem com ela, a convençam a não ir.
Laura: Ela não vai nos escutar, Chay, mas eu posso tentar.
Rodrigo já entrou em contato?
Chay: Não. No bilhete diz que vai entrar, mas até agora nem
sinal dele.
Laura: Hm... Vou conversar com a Mel. – disse e subiu as
escadas, com Carlota em seu encalço.
12 Capitulo
POV MEL
Depois que Chay desceu, fui ao meu quarto assumar minhas
coisas para partir, só esperaria Rodrigo entrar em contato e dizer onde
encontrá-lo. Estava arrumando algumas roupas em minha bolsa e ouvi batidas na
porta.
Mel: Entre. – a porta se abriu e eram Laura e Carlota.
Laura: Podemos conversar com você?
Mel: Provavelmente Chay já contou o que houve, portanto se
vieram aqui para me convencer a não ir, estão perdendo tempo. Eu não vou deixar
minha filha com Rodrigo, e se para tirar ela de lá é preciso ir, eu vou.
Laura: Mel, eu também sou mãe e entendo a sua dor. Mas você
acha que suas filhas vão crescer bem sem a mãe? Se aceitar a participação do
Dr. Pimentel nas investigações, nenhuma de vocês precisará ir.
Carlota: Eu não sou mãe, mas é como se fosse, Mel. Depois que
Dona Estela faleceu, Chay se tornou meu filho e eu sei o quanto é difícil. Mas
você não pode se entregar assim.
Mel: Eu estou com medo. – disse caindo no choro. – Medo de
envolver a polícia ou um detetive e ele fazer algo com Vitória. Estou
desesperada e posso estar segura de que vou com ele para salvar minha filha,
mas estou insegura sobre como e onde vou ficar. – Ouvi o telefone e corri para
atender. – Carlota, peça ao Chay que escute a ligação da sala, por favor. – ela
assentiu e saiu do quarto apressada.
Mel: Alô?
Rodrigo: Oi amor. Acho
que já deve ter dado falta de sua filha. Já se decidiu?
Mel: Já. Eu vou com
você. Onde nos encontraremos?
Rodrigo: Na fazenda de
meu pai, em Petrópolis, traga alguém para levar a menina de volta. Te espero
depois de amanhã, as sete da noite. Não traga polícia ou algo parecido, pois já
sabe o que pode acontecer.
Mel: Está bem. Eu
estarei lá no horário.
Rodrigo: Te amo. Tchau.
– desligou.
Laura: Porque disse que vai?
Mel: Vou aceitar a ajuda do detetive. Espero que tudo isso dê
certo. – abracei-a e chorei. – Chame Milly para mim por favor, Laura.
Laura: Chamo sim, meu amor. – me deu um beijo na testa e saiu
do quarto. Demorou um tempo até minha filha entrar no quarto.
Milly: Mãe, cadê minha mana?
Mel: Ela foi levada por um moço muito malvado, mas a mamãe
vai buscar ela, ta? – ela assentiu.
Milly: É aquele moço do elevador?
Mel: É, filha. – ela me fitou com um olhar triste. – Mas vai
dar tudo certo, ta bom? – assentiu.
13Capitulo
Chegado o dia do encontro, eu entrei no carro com Chay e o
Dr. Pimentel foi abaixado no banco de trás, para nos ajudar. Ele estava armado,
e eu estava tremendo por conta disso.
Chay: Chegamos. O senhor fica e quando eu der o sinal, sai,
ok? – Pimentel assentiu. – Vamos, Mel. Está na hora. – assenti e logo avistamos
Rodrigo com Vitória nos braços, e um jatinho no quintal.
Rodrigo: Vejo que me obedeceram. Mel, venha para cá. –
aproximei-me meio em dúvida. Cheguei perto dele e ele me segurou. – Suede,
pegue sua filha. – Ele soltou Vitória no chão e ela foi engatinhando até Chay.
Ele apontou uma arma para Chay e me desesperei. – Não se atreva a correr,
querida, que dessa vez eu posso fazer pior. – assenti tremendo. De repente
Pimentel saiu do carro e apontou para Rodrigo.
Pimentel: Você está cercado. Está cheio de viaturas aqui fora
e é bom você se render. Solte a Melanie e abaixe a arma. – ele me soltou, mas
não abaixou a arma, que continuou apontada para Chay, que estava com Vitória no
colo.
Rodrigo: Ela pode até não ser minha, mas sua ela não vai ser
mais! – disse para Chay e se preparou para apertar o gatilho. Num ato de
desespero me joguei em frente Chay e escutei um barulho de tiro. Senti uma dor
aguda no peito e me senti fraca, caindo no chão. Minha visão estava turva e vi
Chay se ajoelhar ao meu lado.
Chay: MEL, NÃO! Mantenha os olhos abertos, amor. O socorro já
está vindo. – ele chorava e me colocava em seu colo. Outra vez escutei um tiro
e dessa vez era Rodrigo que caía no chão, com um tiro no peito. – Mel, escuta,
acabou. Não vamos mais viver essa tortura, vamos ser felizes. Mas para isso é
preciso que você lute para viver, está bem?
Mel: C-Chay, c-cuida bem das m-meninas. – dizia com
dificuldades. Ele me deu um beijo e eu apaguei.
14 Capitulo
POV CHAY
Me desesperei quando Mel fechou os olhos, mas fiquei mais
aliviado ao ver que ela ainda respirava. Levamos ela rapidamente para o
hospital e ela ficou em cirurgia para retirar a bala. Estávamos na sala de
espera aguardando notícias, até que um médico apareceu e chamou:
Dr.: Familiares de Melanie Fronckowiak Suede? – eu e meu pai
nos levantamos. – O estado dela é grave e ela está em coma. Ela perdeu muito
sangue e bateu a cabeça com a queda. –
coma. Minha vida estava em coma. Como eu diria as minhas filhas?
Saulo: Tem previsão de quando ela pode acordar, Dr.? –
perguntou meu pai com os olhos cheios de lágrimas.
Dr.: Ela pode acordar amanhã, daqui uma semana, um ano, não
sabemos ao certo quando e se ela irá despertar. – ele disse com pesar na voz.
Chay: Posso vê-la?
Dr.: Vocês poderão ver a Melanie, mas um de cada vez. Venha
comigo. – eu o segui e entramos em um corredor de UTI. Ele abriu a porta de um
quarto e entramos nele. Mel estava deitada na cama cheia de aparelhos e muito
pálida. Uma lágrima escorreu de meu olho e logo outras estavam escorrendo
também. Aproximei-me dela e acariciei seu rosto sem vida.
Chay: Mel, meu amor, volta pra gente. Nós precisamos de você,
nossas meninas precisam de você. – disse pegando na mão dela.
Dr.: Não pode ficar mais, seu pai também quer vê-la e o
horário de visitas está acabando. – assenti e dei um selinho em Mel, antes de
sair do quarto. Depois que meu pai saiu do quarto, fomos para a casa dele, onde
Carlota e minha mãe estavam cuidando das meninas. Depois que levei Mel ao
hospital, Sophia e Micael foram buscar Vitória, pois ela não poderia ficar no
hospital comigo. Chegamos em casa e Milly veio me abraçar.
Milly: Papai, cadê minha mãe? Ela disse que ia buscar a Vick
e não voltou. – ela disse fazendo bico.
Chay: A mamãe se machucou e está no hospital, filha, mas logo
ela vai sarar, ta? – ela assentiu e foi brincar com a irmã, que estava sentada
no tapete.
Laura: Como ela está, meu filho?
Chay: Em coma, mãe. A Mel está em coma porque perdeu muito
sangue e bateu a cabeça. Não se sabe quando ela irá acordar. Ela está tão sem
vida naquela cama de hospital. – minha mãe me abraçou e chorou comigo.
Robert: Vamos, Laura? Você tem que descansar. – ela assentiu
e me deu um beijo na testa.
Laura: Vai ficar tudo bem, meu filho.
Uma semana se passou e Mel estava na mesma. Os médicos não
nos davam mais esperanças de melhora e eu não estava mais indo a empresa, me
dedicando totalmente as minha filhas, que sentiam muita falta da mãe. Tinha
acabado de deixar as meninas com Sophia para fazer minha visita diária a
Melanie. Cheguei no hospital e fui em direção ao quarto dela. Entrei no quarto
e não vi nada de diferente. Sentei-me numa cadeira ao lado da cama e peguei na
mão dela, sentindo sua mão apertar a minha. Impressionei-me e comecei a chorar
de emoção.
Chay: Mel, amor, você está me ouvindo? Acorda, amor. –
encarei-a por um momento até que ela abriu os olhos. – Mel, você acordou! Vou
chamar o médico. – saí do quarto e fui chamar o Dr.. Ele não acreditou no que
ouviu e me acompanhou até o quarto. Melanie nos olhava assustada e ele começou
a perguntar o que ela sentia, se tinha dor, e ela só disse que tinha sede. –
Mel, amor, que bom que você acordou. Sentimos sua falta. – fui pegar na mão
dela e ela afastou a mão.
Mel: Onde eu estou? Quem
é você?
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