segunda-feira, dezembro 10, 2012


FIC Forbidden Love
2ªTemporada

11Capitulo

Não havia ninguém no quarto, nem Vitória e nem Dora. Entrei em pânico quando vi um envelope vermelho no berço de minha filha e o rasguei rapidamente.

 

Melanie, estou com saudades, querida. Nossa filha está linda, pena que é muito parecida com o Suede. Achou mesmo que eu ia deixar vocês em paz? Nunca! Dora foi mandada por mim para conquistar sua confiança e tirar sua filha de casa sem suspeitas, e obteve sucesso, não é? Não vou levar sua filha comigo, desde que você venha no lugar dela. Deixarei ela com o Suede se você aceitar ir embora comigo. Você tem uma semana para se decidir. Entrarei em contato com você. Beijos, amor. R. D.

 

Custei acreditar no que estava lendo. Ele havia levado minha filha e me queria em troca. E se fosse para o bem da minha filha e de toda a minha família, eu iria com ele. Sentei-me perto do berço e chorei como uma criança, desejando que tudo aquilo fosse um sonho, e que minha filha estivese em meus braços novamente. Chay devia ter escutado meu choro, pois foi entrando no quarto feito um furacão.

Mel: C-Chay, ele levou nossa menina... – dizia entre soluços.

Chay: Ele? – assenti e lhe mostrei o bilhete. Ele ficou vermelho e começou a respirar rapidamente. – Você não vai fazer isso, né?

Mel: Chay, é a vida da nossa filha que está em jogo. E eu prefiro ela aqui segura com você do que nas garras do Rodrigo.

Chay: Você não pode fazer isso, Mel. Eu vou avisar a polícia. – ele ia sair do quarto, mas eu o impedi.

Mel: Não! Se a gente envolver a polícia, ele pode fazer algo com a Vitória. Eu não me perdoaria nunca se acontecesse algo com minha menina, Chay. Eu vou com ele, e não se fala mais nisso! – ele não disse nada, só saiu do quarto furioso batendo a porta.

 

POV CHAY

 

Melanie não podia fazer isso. Ele estava usando nossa filha para leva-la com ele, mas eu não ia deixar. Cheguei a sala e meu pai, minha mãe, Robert e Carlota ajudavam Milly a abrir os presentes. Um silêncio desconfortável instalou-se ali.

Chay: Rodrigo levou Vitória. – todos me olharam espantados e meu pai se levantou. – Deixou um bilhete dizendo que só a devolverá se Melanie fugir com ele. Eu quero minha filha de volta, mas não quero que Mel volte para as garras daquele louco. Ela está lá em cima dizendo que vai e ninguém irá impedi-la. Mãe, Carlota, conversem com ela, a convençam a não ir.

Laura: Ela não vai nos escutar, Chay, mas eu posso tentar. Rodrigo já entrou em contato?

Chay: Não. No bilhete diz que vai entrar, mas até agora nem sinal dele.

Laura: Hm... Vou conversar com a Mel. – disse e subiu as escadas, com Carlota em seu encalço.

 

12 Capitulo

POV MEL

 

Depois que Chay desceu, fui ao meu quarto assumar minhas coisas para partir, só esperaria Rodrigo entrar em contato e dizer onde encontrá-lo. Estava arrumando algumas roupas em minha bolsa e ouvi batidas na porta.

Mel: Entre. – a porta se abriu e eram Laura e Carlota.

Laura: Podemos conversar com você?

Mel: Provavelmente Chay já contou o que houve, portanto se vieram aqui para me convencer a não ir, estão perdendo tempo. Eu não vou deixar minha filha com Rodrigo, e se para tirar ela de lá é preciso ir, eu vou.

Laura: Mel, eu também sou mãe e entendo a sua dor. Mas você acha que suas filhas vão crescer bem sem a mãe? Se aceitar a participação do Dr. Pimentel nas investigações, nenhuma de vocês precisará ir.

Carlota: Eu não sou mãe, mas é como se fosse, Mel. Depois que Dona Estela faleceu, Chay se tornou meu filho e eu sei o quanto é difícil. Mas você não pode se entregar assim.

Mel: Eu estou com medo. – disse caindo no choro. – Medo de envolver a polícia ou um detetive e ele fazer algo com Vitória. Estou desesperada e posso estar segura de que vou com ele para salvar minha filha, mas estou insegura sobre como e onde vou ficar. – Ouvi o telefone e corri para atender. – Carlota, peça ao Chay que escute a ligação da sala, por favor. – ela assentiu e saiu do quarto apressada.

Mel: Alô?

Rodrigo: Oi amor. Acho que já deve ter dado falta de sua filha. Já se decidiu?

Mel: Já. Eu vou com você. Onde nos encontraremos?

Rodrigo: Na fazenda de meu pai, em Petrópolis, traga alguém para levar a menina de volta. Te espero depois de amanhã, as sete da noite. Não traga polícia ou algo parecido, pois já sabe o que pode acontecer.

Mel: Está bem. Eu estarei lá no horário.

Rodrigo: Te amo. Tchau. – desligou.

Laura: Porque disse que vai?

Mel: Vou aceitar a ajuda do detetive. Espero que tudo isso dê certo. – abracei-a e chorei. – Chame Milly para mim por favor, Laura.

Laura: Chamo sim, meu amor. – me deu um beijo na testa e saiu do quarto. Demorou um tempo até minha filha entrar no quarto.

Milly: Mãe, cadê minha mana?

Mel: Ela foi levada por um moço muito malvado, mas a mamãe vai buscar ela, ta? – ela assentiu.

Milly: É aquele moço do elevador?

Mel: É, filha. – ela me fitou com um olhar triste. – Mas vai dar tudo certo, ta bom? – assentiu.

 

 

13Capitulo

Chegado o dia do encontro, eu entrei no carro com Chay e o Dr. Pimentel foi abaixado no banco de trás, para nos ajudar. Ele estava armado, e eu estava tremendo por conta disso.

Chay: Chegamos. O senhor fica e quando eu der o sinal, sai, ok? – Pimentel assentiu. – Vamos, Mel. Está na hora. – assenti e logo avistamos Rodrigo com Vitória nos braços, e um jatinho no quintal.

Rodrigo: Vejo que me obedeceram. Mel, venha para cá. – aproximei-me meio em dúvida. Cheguei perto dele e ele me segurou. – Suede, pegue sua filha. – Ele soltou Vitória no chão e ela foi engatinhando até Chay. Ele apontou uma arma para Chay e me desesperei. – Não se atreva a correr, querida, que dessa vez eu posso fazer pior. – assenti tremendo. De repente Pimentel saiu do carro e apontou para Rodrigo.

Pimentel: Você está cercado. Está cheio de viaturas aqui fora e é bom você se render. Solte a Melanie e abaixe a arma. – ele me soltou, mas não abaixou a arma, que continuou apontada para Chay, que estava com Vitória no colo.

Rodrigo: Ela pode até não ser minha, mas sua ela não vai ser mais! – disse para Chay e se preparou para apertar o gatilho. Num ato de desespero me joguei em frente Chay e escutei um barulho de tiro. Senti uma dor aguda no peito e me senti fraca, caindo no chão. Minha visão estava turva e vi Chay se ajoelhar ao meu lado.

Chay: MEL, NÃO! Mantenha os olhos abertos, amor. O socorro já está vindo. – ele chorava e me colocava em seu colo. Outra vez escutei um tiro e dessa vez era Rodrigo que caía no chão, com um tiro no peito. – Mel, escuta, acabou. Não vamos mais viver essa tortura, vamos ser felizes. Mas para isso é preciso que você lute para viver, está bem?

Mel: C-Chay, c-cuida bem das m-meninas. – dizia com dificuldades. Ele me deu um beijo e eu apaguei.

 

14 Capitulo

POV CHAY

 

Me desesperei quando Mel fechou os olhos, mas fiquei mais aliviado ao ver que ela ainda respirava. Levamos ela rapidamente para o hospital e ela ficou em cirurgia para retirar a bala. Estávamos na sala de espera aguardando notícias, até que um médico apareceu e chamou:

Dr.: Familiares de Melanie Fronckowiak Suede? – eu e meu pai nos levantamos. – O estado dela é grave e ela está em coma. Ela perdeu muito sangue e bateu a cabeça com a queda.  – coma. Minha vida estava em coma. Como eu diria as minhas filhas?

Saulo: Tem previsão de quando ela pode acordar, Dr.? – perguntou meu pai com os olhos cheios de lágrimas.

Dr.: Ela pode acordar amanhã, daqui uma semana, um ano, não sabemos ao certo quando e se ela irá despertar. – ele disse com pesar na voz.

Chay: Posso vê-la?

Dr.: Vocês poderão ver a Melanie, mas um de cada vez. Venha comigo. – eu o segui e entramos em um corredor de UTI. Ele abriu a porta de um quarto e entramos nele. Mel estava deitada na cama cheia de aparelhos e muito pálida. Uma lágrima escorreu de meu olho e logo outras estavam escorrendo também. Aproximei-me dela e acariciei seu rosto sem vida.

Chay: Mel, meu amor, volta pra gente. Nós precisamos de você, nossas meninas precisam de você. – disse pegando na mão dela.

Dr.: Não pode ficar mais, seu pai também quer vê-la e o horário de visitas está acabando. – assenti e dei um selinho em Mel, antes de sair do quarto. Depois que meu pai saiu do quarto, fomos para a casa dele, onde Carlota e minha mãe estavam cuidando das meninas. Depois que levei Mel ao hospital, Sophia e Micael foram buscar Vitória, pois ela não poderia ficar no hospital comigo. Chegamos em casa e Milly veio me abraçar.

Milly: Papai, cadê minha mãe? Ela disse que ia buscar a Vick e não voltou. – ela disse fazendo bico.

Chay: A mamãe se machucou e está no hospital, filha, mas logo ela vai sarar, ta? – ela assentiu e foi brincar com a irmã, que estava sentada no tapete.

Laura: Como ela está, meu filho?

Chay: Em coma, mãe. A Mel está em coma porque perdeu muito sangue e bateu a cabeça. Não se sabe quando ela irá acordar. Ela está tão sem vida naquela cama de hospital. – minha mãe me abraçou e chorou comigo.

Robert: Vamos, Laura? Você tem que descansar. – ela assentiu e me deu um beijo na testa.

Laura: Vai ficar tudo bem, meu filho.

Uma semana se passou e Mel estava na mesma. Os médicos não nos davam mais esperanças de melhora e eu não estava mais indo a empresa, me dedicando totalmente as minha filhas, que sentiam muita falta da mãe. Tinha acabado de deixar as meninas com Sophia para fazer minha visita diária a Melanie. Cheguei no hospital e fui em direção ao quarto dela. Entrei no quarto e não vi nada de diferente. Sentei-me numa cadeira ao lado da cama e peguei na mão dela, sentindo sua mão apertar a minha. Impressionei-me e comecei a chorar de emoção.

Chay: Mel, amor, você está me ouvindo? Acorda, amor. – encarei-a por um momento até que ela abriu os olhos. – Mel, você acordou! Vou chamar o médico. – saí do quarto e fui chamar o Dr.. Ele não acreditou no que ouviu e me acompanhou até o quarto. Melanie nos olhava assustada e ele começou a perguntar o que ela sentia, se tinha dor, e ela só disse que tinha sede. – Mel, amor, que bom que você acordou. Sentimos sua falta. – fui pegar na mão dela e ela afastou a mão.

Mel: Onde eu estou? Quem é você?

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