sexta-feira, agosto 17, 2012

Cap. X – Um sorriso
*Narrado por Melanie
Não pude evitar sorrir para os meus pensamentos. Dois beijos e uma confusão de sentimentos. Eu gostava dele, mas não podia afirmar que era amor. Liguei o botão do som, estava no mp3, em minha musica preferida: Good Girls Go Bad, do Cobra Starship. “menina mal, menina mal”, fiquei repetindo comigo mesma.
Será que é amor? Aquela vontade imensa que tive de beijá-lo… Não sei, ele acabou a pouco tempo o namoro com a Sophia. Sophia, uma amiga, acho que a única que entenderia esse momento.
Peguei meu celular, e pensei em ligar pra ela. Queria dividir com ela tudo que eu sentia, isso que crescia dentro de mim, que já não cabia mais no meu peito. Mas não, eu estava eu auge de adrenalina, não saberia medir as palavras, alias, já passava das onze da noite.
Resolvi esperar pra contar a ela. Cheguei no condomínio com um sorriso que acho que dava pra ver de costas. Estacionei o carro e subi pro meu apartamento no vigésimo andar. Entrei no meu quarto e me joguei na cama. Não consegui dormir.
Me rendi, tive que tomar um banho demorado. Meu corpo esta coberto por sal. Escovei meus dentes, e fui novamente pra minha cama. Me revirei um bom tempo. Talvez precisasse me distrair; fui pra sala, nada de bom na televisão. Na verdade até tinha, mas não estava com paciência pra ver.
Voltei novamente pro meu quarto, pequei um livro. Formaturas Infernais. Foi a Lua que me deu esse. É, no prólogo do livro percebi que eu não tava nem um pouco a fim de ler. Me virei mais de um milhão de vezes na cama, ate que desisti. Precisava contar pra alguém tudo que eu estava sentindo.
A Lua! Claro, ela deve ter visto o que, facilitaria, por que eu só teria que contar oque eu estava sentindo e não o “por que”. Peguei o celular e procurei a Lua na lista de contatos. Apertei chamar.
Era quase duas horas da manha. Provavelmente eu acordaria ela.

- Alô – disse ela com uma voz atenciosa.
- Lua, e… Estava dormindo? – eu não sou muito boa com as palavras.
- Estava não Mel, eu estou meio sem sono hoje.
- É, eu também. Amiga, tava precisando conversar. – é, depois disso sabia o que mais falar.
- É, sobre o Chay, né? – tive a impressão de que ela já sabia de tudo.
- É, mas você viu? – é claro, se não ela não saberia.
- O que aconteceu na praia? É, eu vi.
- Será que você pode me ajudar? Eu estou confusa. – não sei porque, mas meus olhos estavam cheios de água.

- Amiga, eu imaginei mesmo que você iria esta assim.
- Lua, vem pra cá. – eu já estava chorando, o que não entendi. Porque eu estava assim? Agora eu me sentia totalmente perdida. O sorriso havia ido embora.
- Mel, eu… Já estou indo pra i.
- Tá. – minha voz era de suplica.

Ela desligou. Eu liguei na portaria depois de tomar um copo de água. Não queria que eles percebessem que eu estava mal. Avisei que a Lua ia vim, e pedi pra deixá-la subir direto, sem interfonar. Destranquei a porta e voltei pro quarto. Tentei me recuperar. A vontade de chorar estava passando. Ouvi a porta abrir.

- Mel, cheguei. – A Lua falou, já entrando.
- eu estou aqui no quarto, vem pra cá.
Ela chegou na porta do meu quarto com a bolsa nos ombros. Entrou, e sentou do meu lado.
- Mel, como você esta? Eu fiquei preocupada no telefone.
- Há, Lua, eu não sei… – eu tinha que desabafar – depois do que aconteceu na praia… não foi a primeira vez…
- Que vocês se beijaram?
- É, há alguns dias, agente se beijou no camarim dele. – eu queria colocar toda a culpa nele, mas não teria como ele me beijar se eu não deixasse. Contei tudo pra ela. Eu queria a ajuda dela, então ela precisava saber de tudo.
- E é isso Lua. – finalmente terminei
- Amiga, você gosta mesmo dele?
É, essa era a única coisa que eu não queria que ela me perguntasse.
- Eu não sei Lua, é por isso que eu acho que estou confusa… E tem a Sophia.
- Mel, vamos estabelecer uma coisa: a Sophia terminou com o Chay, eles não tem mais nada um com o outro. Cada um esta seguindo seu caminho
- Aqui dentro tá doendo…- eu estava me afogando em lagrimas novamente.
Eu coloquei a cabeça no colo da Lua, e ali ficamos, sem disser nada uma á outra.

*Narrado por Lua
Eu não sabia como consolá-la, só fiquei ali, na sua companhia, vendo ela se desmanchar em lagrimas e não poder fazer nada pro coraçãozinho dela parar de doer. Ela adormeceu, e as lagrimas secaram. Fiquei ali, olhando ela dormir como uma princesinha, que fugia do mundo em seu sonhos.

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